25 de julho de 2011

A Borboleta e A Flor

Escrever é cantar sem mexer a boca
e abraçar sem abrir os braços;
é fazer chorar quando se está alegre
e alegrar quando a tristeza quer reinar;
é harmonizar melodias ao redor,
e inspirar poesias naqueles que amam...

O escritor é sensível,
tem medo e coragem na mesma medida.
Sente a perda e levanta na queda,
segura as pedras e dá a mão.
O escritor esquenta o frio
e acalma a frieza.
Esquece a razão!

Escrever é dançar sem música,
embora os outros pensem que isso é loucura.
Escrever também é pensar no que os outros dizem
sem se importar com os que não pensam.

Escritor não é aquele que escreve
e sim aquele que se inscreve
na maravilha eterna que é viver.

Escrever é pôr melancolia na vida
e harmonia na morte.

Escritor é aquele que se sente bem,
sonha com o que já passou
e que lembra o que ainda vem,
pois sempre vem!

Escrever é fingir loucura pra fazer sorrir
e inventar sanidade pra fazer chorar.
Escrever é sentir o vento e fazer voar,
é medir o tempo e extemporizar!

O escritor é o que ele lê
e o que ele sonha.

Escrever é esquecer a rima,
preservar a dúvida,
criar o clima,
seguir na luta...

Escritor é quem ama,
quem apaga e acende,
quem não sabe e entende
quem ama!

Escrever é verbo de estado,
o escritor um fenômeno da natureza.
Escrever é misturar magia e amor.
O escritor é a borboleta,
a escrita a flor!

Escrever é antes pensar
e depois agir,
enteder que não há lugar
que não se possa ir,
nas asas da vida,
nas linhas que seguem,
na vida que brilha...

Escritor é aquele que contradiz a felicidade
para viver feliz pela eternidade!

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